Daquilo de que os outros não sabem sobre mim, disso eu vivo. — Peter Handke
Essa frase de Peter Handke revela um segredo silencioso da existência: há uma força vital que brota daquilo que carregamos no íntimo, do que é invisível aos olhos dos outros. Nossos sonhos, dores, esperanças e batalhas interiores são fontes de identidade e resistência, mesmo quando ninguém mais as percebe.
Viver do que os outros não sabem é encontrar sentido no que é só nosso, é fazer do invisível um alicerce. O mundo pode julgar pelas aparências, mas a alma se alimenta do que permanece oculto — das cicatrizes que viraram sabedoria, das escolhas feitas em silêncio, da fé que ninguém viu nascer.
Essa é uma verdade sutil: nem tudo que nos sustenta precisa ser validado ou compreendido pelos outros. Às vezes, o que nos mantém de pé é justamente o que decidimos guardar, o que cultivamos longe dos olhos do mundo — ali, onde mora a nossa essência mais pura.
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